Decreto que cria Comissão para revisar PCC da educação é visto com desconfiança por representantes dos professores 

Mário Flávio - 26.05.2017 às 08:32h


A publicação no Diário Oficial do Município que cria a comissão para revisar o Plano de Cargos, Carreira, Desenvolvimento e Remuneração (PCCDR) dos profissionais da Educação do Município de Caruaru, é visto com desconfiança pelos representantes dos professores da rede municipal de ensino. O documento assinado pela prefeita Raquel Lyra (PSDB) é uma das reivindicações dos professores, que estão em estado de greve.

A Comissão será composta por quatro membros, representantes das secretarias de Administração, Educação e da Fazenda. De acordo com a redação do decreto, o prazo para apresentar as informações sobre a revisão do PCC será de 180 dias.
Após isso, a Comissão deve solicitar a produção de relatórios contendo dados e informações quantitativas e qualitativas de modo a subsidiar os órgãos do poder executivo, visando o aperfeiçoamento das políticas públicas alusivas à gestão educacional municipal, entre outras atribuições.

Segundo o representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Caruaru (Sinteduc), Fred Santiago, o decreto causou preocupação para os professores. “Ele não explicita de forma objetiva como a categoria irá participar das alterações do Plano de Cargos e Carreiras. O medo que temos é que o documento seja apenas apresentado aos professores sem a participação dos mesmos, repetindo o que aconteceu na gestão anterior, onde aconteceram mudanças que atendem apenas às necessidades do administrativo e acabam com a carreira profissional dos educadores”, disse Fred.

Já o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru (Sismuc), Eduardo Mendonça, também classificou a decisão como preocupante. “O que é ruim pode ficar pior. E mais uma vez a categoria não terá participação efetiva, será apenas espectador, situação que nos assusta, uma vez que é visível uma preocupação maior com o financeiro e não com o pedagógico e a valorização do docente”, comentou o presidente.