O clima político em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, sofreu um abalo menos de um ano depois da eleição municipal. O prefeito Ramos e o vice-prefeito Felipe do Veneza (PSD) romperam a parceria que os levou à vitória nas urnas na eleição em 2024. O desgaste, que já vinha se desenhando nos bastidores, ganhou as ruas nesta semana com declarações públicas do vice.

Felipe afirmou que tem enfrentado perseguições dentro da gestão e que seus aliados estariam sendo sistematicamente boicotados. Em vídeo divulgado nas redes sociais, classificou a situação como “picuinha” e disse que a convivência no mesmo grupo se tornou “inviável”. O tom da fala deixou claro que a relação política entre ele e o prefeito chegou ao fim.

Nos bastidores, relatos dão conta de que o prefeito Ramos, por motivos de saúde, vem se afastando do dia a dia da administração, transferindo responsabilidades para o secretário de Governo. Embora conte com a confiança do gestor, o auxiliar é visto como alguém sem a expertise necessária para conduzir as articulações políticas e a rotina da máquina municipal. Esse cenário, segundo aliados, teria contribuído para o aumento do ruído interno e culminado no distanciamento irreversível entre prefeito e vice.

O rompimento abre um novo capítulo na política de Paulista e sinaliza que o caminho até as eleições de 2028 pode ser marcado por disputas internas e rearranjos de forças no município.