O deputado federal pernambucano Pedro Campos (PSB) publicou, nesta quinta-feira (18), um pronunciamento em suas redes sociais no qual pede desculpas por ter votado a favor da chamada PEC da Blindagem, além de ter orientado a bancada do PSB a seguir a mesma posição. “Não escolhemos o melhor caminho”, reconheceu o parlamentar.

Segundo Pedro, a decisão de apoiar a proposta partiu de um acordo firmado na Câmara dos Deputados para que a PEC fosse aprovada sem isenção aos presidentes de partidos, sem a possibilidade de voto secreto e sem impedir a atuação da Polícia Federal. Em contrapartida, o Centrão teria se comprometido a não aprovar a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. No entanto, o deputado afirmou que o combinado não foi cumprido.

“Saímos derrotados na votação da PEC e da anistia. Não foram retirados do texto os pontos que haviam sido acordados, nem respeitada a decisão do plenário de determinar o voto aberto, para que a população pudesse saber quem votou contra ou a favor de investigações sobre parlamentares”, explicou.

Pedro Campos afirmou ainda que, diante da repercussão negativa, dará entrada em uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a anulação da votação da PEC e também da urgência concedida ao projeto da anistia.

O parlamentar disse ter recebido muitas cobranças sobre o seu posicionamento e rebateu críticas de que teria votado em defesa de presidentes de partidos por causa de seu irmão, João Campos, que preside o PSB nacionalmente. “Nego de forma veemente. Fui um dos que exigiu que os presidentes não fossem incluídos na proteção prevista pela PEC”, garantiu.

Com o recuo e o pedido de desculpas, Pedro Campos tenta se reposicionar diante da pressão popular e política que ganhou força desde a aprovação da proposta no plenário da Câmara.