Advogado de Gerailton Almeida reage a insinuações e pede delegado especial para investigar homicídio em Ipojuca

Mário Flávio - 30.10.2025 às 15:31h

O advogado de defesa de Gerailton Almeida da Silva, um dos investigados no caso das supostas irregularidades envolvendo emendas parlamentares no município de Ipojuca, divulgou nota nesta quinta-feira (30) em que repudia insinuações que tentam associar seu cliente ao homicídio de Simone Marques da Silva, ocorrido recentemente na cidade.

Na nota, o defensor informa que protocolou, junto à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), um pedido de designação de delegado especial para investigar o assassinato, que ele classificou como “abominável”. O advogado afirmou que a solicitação busca garantir a lisura e a imparcialidade da apuração do crime.

“Não se pode permitir que inocente seja acusado de crime algum, menos ainda do horrendo crime de homicídio, mesmo que por meio de insinuações, sem a devida resposta”, destacou o advogado em trecho do comunicado.

O defensor criticou o que considera um uso político e midiático da investigação das emendas parlamentares, acusando o delegado responsável de recorrer à imprensa para sustentar teses que, segundo ele, não encontram respaldo nos autos do inquérito. Ele afirma que a divulgação de informações seletivas à mídia teria o objetivo de manter as ordens de prisão preventiva dos acusados, entre eles Gerailton Almeida.

“Decidi falar dessa vez às mídias, ferindo, talvez, a minha própria liturgia profissional, por ver no ocorrido uma aparente tentativa de utilização do assassinato de uma mulher para manter pessoas, inclusive um inocente, com ordem de prisão em seu desfavor”, disse o advogado.

O jurista ainda comparou a situação ao emblemático “Caso Serrambi”, ocorrido no início dos anos 2000, e afirmou que, enquanto atuar na defesa, não permitirá a repetição de erros semelhantes.

Ele concluiu a nota expressando confiança na imparcialidade do Poder Judiciário, afirmando acreditar que o caso será conduzido “com serenidade e sem contaminação por estratégias midiáticas ou pressões externas”.

“Estou confiante de que o Poder Judiciário não irá ser contaminado por tal estratégia”, encerrou.