Com quase 2 milhões de seguidores nas redes sociais, o influenciador Ni do Badoque se tornou um dos nomes mais comentados do cenário digital pernambucano — e agora, também, do meio político. Conhecido por seu bom humor e autenticidade, Ni ganhou popularidade com vídeos descontraídos, mas, nos últimos meses, passou a adotar um tom mais crítico à gestão do prefeito do Recife, João Campos (PSB), o que despertou atenção de lideranças partidárias e do público como um potencial candidato nas eleições de 2026.
Ni já tem experiência eleitoral. Em 2018, concorreu ao cargo de deputado estadual, obtendo quase 8.400 votos. Dois anos depois, disputou como candidato a vereador do Recife pelo Progressistas (PP), em um mandato compartilhado com Abdias Melo, mas não foi eleito.
Desta vez, o cenário é outro. Com uma base digital consolidada e engajada, Ni do Badoque vem sendo visto como um ativo valioso para as eleições proporcionais, em que o alcance nas redes pode ser decisivo. Fontes ouvidas pelo Blog do MF apontam que três partidos já demonstraram interesse em sua filiação: o Novo, o Podemos e o PSD, legenda da governadora Raquel Lyra.
Analistas avaliam que, com uma eleição cada vez mais curta, digital e voltada para engajamento online, Ni pode se tornar um puxador de votos para a Câmara dos Deputados — papel semelhante ao que Gleide Ângelo teve em 2018, quando se elegeu com mais de 400 mil votos, quebrando paradigmas da política pernambucana.
“Em Pernambuco não há muitos exemplos de personalidades conhecidas que conseguiram converter popularidade em votos expressivos. Mas o momento político e o comportamento do eleitor mudaram. As redes sociais são o novo palanque”, analisa um observador político.
Além de influenciador, Ni do Badoque é atleta e corredor amador, conhecido por compartilhar vídeos de motivação e estilo de vida saudável. Ele costuma contar que perdeu 64 quilos após uma mudança de hábitos e se identifica hoje como conservador, frequentemente publicando conteúdos de incentivo à superação, religioso e disciplina pessoal.
Caso confirme sua entrada na disputa, Ni do Badoque deve compor o grupo de novos nomes competitivos à Câmara Federal, ao lado de figuras emergentes como Gilson Machado e Eduardo Moura, que também aparecem com potencial de mobilização e alto recall popular.
Com forte presença digital e discurso cada vez mais alinhado à crítica política e ao engajamento popular, Ni do Badoque pode transformar sua influência virtual em capital eleitoral real — e promete movimentar o tabuleiro político de Pernambuco em 2026.
