A prisão do israelense Gedalya Tauber, acusado de chefiar quadrilha internacional de tráfico de órgão humano, foi elogiada pela deputada Terezinha Nunes (PSDB) que considerou a operação da Polícia Federal como um exemplo contra a impunidade.

A deputada usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco, nesta segunda-feira (4), para referendar que o crime praticado pelo ex-oficial do exército israelense, é um dos mais lucrativos do mundo, gerando mais de 32 milhões de dólares por ano. “O tema tem sido bastante discutido pela sociedade, a exemplo da Igreja Católica, que tem o assunto como foco da Campanha da Fraternidade deste ano”, lembrou Terezinha.

Terezinha também citou o trabalho da Assembleia Legislativa de Pernambuco que criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o tráfico de pessoas de Pernambuco, em 2003, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Bisturi e desarticulou uma quadrilha que aliciava pessoas pobres do Recife e do interior de Pernambuco para extração de órgãos. As vítimas eram levadas para a África do Sul, onde tinham seus rins retirados através de cirurgia. Os órgãos eram vendidos a pacientes com problemas renais em Israel.

Doze pessoas foram condenadas, ente elas, o ex-oficial. O acusado havia sido preso em 2007 e estava foragido, desde que recebeu autorização da Justiça para viajar por 30 dias, mas não retornou. Ele ficará preso no Cotel até 2018, onde cumprirá pena.