Na Liberdade, Zé Gomes defende autonomia do Estado na gestão dos resíduos sólidos

Mário Flávio - 13.08.2014 às 08:02h

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Ao discutir, nesta terça-feira (12), a questão dos lixões em Pernambuco, o candidato a governador Zé Gomes (PSOL) defendeu que o Estado seja indutor do planejamento ambiental em parceria com municípios-pólos. A proposta foi apresentada durante entrevista pela manhã à Rádio Liberdade AM, de Caruaru.

Acompanhado do candidato a Deputado Estadual Fábio José Silva, Gomes afirmou na entrevista que, atualmente, todo o peso das políticas públicas na área ambiental é depositado nos municípios, sem que haja empenho federal e estadual. Nos último dia 2 de agosto, encerrou-se o prazo estabelecido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, para que se acabasse com os lixões os resíduos sólidos fossem armazenados em aterros sanitários. Mas a maioria das Prefeituras não atingiu a meta.

“O governo atual é ecocida. Destroi o meio ambiente e não gera desenvolvimento social. A Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH (responsável pela execução da política estadual de meio ambiente) foi desmontada. É preciso que haja uma legislação ambiental séria no Estado e que os investimentos estaduais estejam atrelados a metas que os municípios tenham que cumprir. Em nosso governo, teremos uma gestão compartilhada do planejamento urbano com os municípios-pólos, para garantir dignidade às pessoas que vivem nas cidades”, disse.

Hoje, apenas 2% dos descartes são reciclados no Estado de Pernambuco. Em Caruaru, o aterro sanitário do município não suporta mais a capacidade de lixo produzida – 8 mil toneladas por mês. A unidade existe desde 1999 e passou por ampliação em 2012, mas o crescimento da cidade aumentou a necessidade de alternativas.

Em outro momento, ao discorrer sobre transportes, Gomes defendeu a duplicação das estradas que ligam municípios produtores do Agreste aos polos regionais, como Caruaru, e o resgate da discussão sobre o modelo ferroviário – inclusive, se necessário, com o Estado assumindo parte da operação.

Sobre segurança pública, Zé Gomes disse que o Pacto pela Vida faliu e que a violência se interiorizou. Segundo ele, para corrigir o programa, é necessário convocar imediatamente a Conferência Estadual de Segurança Pública para, junto com as entidades e organizações que debatem e atuam na área, rediscutir e reestruturar a Segurança Pública no Estado.