
A quarta-feira 22 foi um dia histórico para Cultura. A Audiência Pública, objeto da Propositura de nº 82/2017, aprovada pela Câmara Municipal e presidida pelo autor e vereador Edjailson CaruForró, marcou sob vários aspectos. Pela primeira vez o Ministério Público se fez presente e a mesa composta por um promotor, uma gestora da Fundarpe, e representantes do Conselho Municipal de Política Cultural e outro da Fundação de Cultura e Turismo deram peso as discussões. Parabenizo-o pelo sucesso. A presença da imprensa e a galeria lotada de artistas mostrou não só o crédito que o edil tem diante do segmento, mas também sua competência de mobilização.
Quero agradecer ao vereador Edjailson pelo tempestivo pronunciamento, contrário à minha exoneração do quadro de funcionários temporários da Fundação de Cultura, fato que me deixou também perplexo pela contribuição e pela nossa dedicação ao nosso ofício, que há 09 anos sirvo na cultura, sendo quatro destes participando de todo o processo de criação e condução do Conselho Municipal de Política Cultural, além de outras atividades funcionais.
Olhando para o passado, em 2013, quando iniciamos o processo de implantação do Sistema Municipal de Política Cultural, percebo o valor da construção de um processo junto com os artistas. Irmanados na mesma visão de cooperação, unidos no propósito e determinados em persistir e superar limitações e dificuldades caminhamos juntos e, juntos estudamos, discutimos, decidimos e executamos ações práticas estruturando, fortalecendo e implementando os componentes. Vibramos emocionados com cada avanço embora muitas vezes também nos decepcionamos. A força da união sempre vencerá os obstáculos naturais ou impostos no caminho.
Desde as primeiras reuniões de trabalho em equipe, o processo das Conferências Livres e a 3ª Conferência Municipal, Estadual e Nacional de Cultura. A elaboração da Minuta do Sistema Municipal, o acompanhamento das atividades no Legislativo enquanto o projeto tramitava internamente, a articulação política com os edis e, enfim, a lei. Vale salientar que Caruaru está cumprindo o cronograma estabelecido pelo Plano de Trabalho de Cooperação Federativa de Sistema Nacional de Cultura.
Olhando para o presente vejo que o Plano Municipal de Cultura foi amplamente discutido por atores sociais em oficinas, seminários e fóruns. Agora o setor jurídico sistematizará tudo e o Conselho permanece sendo instância principal no processo do Plano e do Fundo tendo seu limite pelo Minc até julho deste ano.
O futuro é determinado por gestos e ações feitas no aqui e agora. Que possamos ver no futuro a cultura de fato como elemento de afirmação e cidadania, inclusão social e fator de desenvolvimento econômico.
* Paulo Nailson