Câmara de Garanhuns acata pedido de investigação que pode levar à cassação de vereador Ruber Neto; vereador diz ter tranquilidade

Mário Flávio - 11.09.2025 às 15:42h

Nesta quinta-feira (11), a Câmara de Vereadores de Garanhuns aprovou, por 16 votos favoráveis, a abertura de um processo investigativo contra o vereador Ruber Neto (PSD), que pode resultar na cassação de seu mandato, por suposta conduta incompatível com o decoro parlamentar. 

A denúncia foi protocolada pelo cidadão Odisval Veloso Martins, após um episódio de confusão em via pública envolvendo Martins e o parlamentar — incidente que gerou Boletim de Ocorrência e ampla repercussão nos meios de comunicação e redes sociais. 

Comissão Processante

Seguindo o que prevê o Decreto-Lei nº 201/67, a Câmara sorteou os integrantes da comissão que vai conduzir o processo:
• Presidente: Fabiana Zoobi (PSB)
• Relatora: Luzia Cordeiro (PSB)
• Membro: Erivan Pita (PSB) 

Essa comissão será responsável por ouvir testemunhas, apurar provas, elaborar pareceres e deverá concluir seus trabalhos dentro do prazo legal, com possibilidade de estender as apurações até 90 dias. 

Ruber Neto: “Extremamente tranquilo”

Em vídeo publicado nas redes sociais, Ruber Neto disse estar “extremamente tranquilo” em relação ao processo, afirmando que a abertura da investigação não significa automaticamente a cassação do mandato. “É um procedimento que pode levar à cassação, não quer dizer que eu vou ser caçado. Fiquem tranquilos, eu sei da legalidade do processo”, declarou. 

O vereador também sugeriu que o fato do procedimento ter avançado rapidamente — com votação em plenário e parecer jurídico — poderia estar relacionado ao seu anúncio como pré-candidato a deputado estadual. 

Ruber Neto reafirmou que continuará atuando com independência: “fui eleito para fiscalizar e legislar. E é assim que vou permanecer”. E em crítica ao prefeito, reforçou: “O prefeito manda em quase tudo, mas em muita coisa Ele não manda!”. 

O que vem a seguir

Com a comissão instalada, o processo investigativo se inicia oficialmente. Se o relatório final recomendar a cassação, será submetido ao plenário da Câmara, que precisará de dois terços dos votos dos vereadores para aprovar a perda do mandato.