
Valores relacionados aos crimes de lavagem de dinheiro, ou mesmo oriundos de outras fontes, poderão ser revertidos para equipamento da Polícia Civil. Três anos após criação da Lei 16.596, da deputada estadual Gleide Ângelo (que determina a reversão para a Polícia Civil de todos os bens resultantes da alienação, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes de lavagem de dinheiro), foi publicado no Diário Oficial a medida que ativa e regulamenta o Fundo de Reequipamento da Polícia Civil de Pernambuco (Funrepol).
Apesar de ter sido criado em 2001, o fundo que visa garantir investimentos na instituição não estava ativo para receber qualquer tipo de recurso. “Foram mais de duas décadas de espera, afinal, através dos recursos do Funrepol é possível o incremento do aparelhamento da polícia, com, por exemplo, a aquisição de equipamentos, reformas de delegacias e até cursos de capacitação para os policiais”, comemora a deputada.
O envolvimento da deputada foi fundamental para a solução desta questão. Afinal, desde 2019, foram dezenas de reuniões com Humberto Freire e Antônio de Pádua, atual e ex-secretários de Defesa Social, respectivamente. Além disso, houve inúmeros encontros com o delegado Nehemias Falcão, chefe da Polícia Civil, com o chefe da Casa Civil de Pernambuco, José Neto, e com o governador Paulo Câmara. “A ativação do Funrepol torna possível a execução da minha lei, afinal, a polícia precisa de recursos para investimentos em tecnologia, em inteligência, para o aperfeiçoamento do laboratório de lavagem de dinheiro, por exemplo. São recursos para aprimorar a Polícia Civil e fortalecer o combate à criminalidade. No final, toda a sociedade sai ganhando”, conclui.