O ex-ministro do Turismo e aliado histórico de Jair Bolsonaro, Gilson Machado Neto, voltou a indicar publicamente que pode deixar o PL para disputar o Senado por outra legenda em 2026. Em uma publicação nas redes sociais, ele fez um desabafo carregado de críticas internas e reafirmou que está preparado para colocar seu nome na disputa, independentemente do partido.

Na mensagem, sem citar o nome do presidente estadual do PL e desafeto, Anderson Ferreira, Gilson sugere insatisfação com o momento político dentro do partido e afirma que está convivendo com um ambiente de injustiça. “Não é fácil o momento que estamos passando. Só resiste quem tem um propósito e quem acredita em Deus. E que no final sabe que a injustiça não prevalece”, escreveu. O ex-ministro acrescenta que vive “a pior sensação” ao sentir que está “pagando por algo que não fez”.

Ele também defendeu um Senado “forte” para, segundo ele, “corrigir o rumo do país” e criticou políticos com “flexibilidade ideológica”, sinalizando a necessidade de alinhamento rígido com a direita bolsonarista. “Estou pronto para ser senador de Pernambuco”, afirmou.

Apesar de reiterar sua fidelidade a Bolsonaro, Gilson deixou claro que sua permanência no PL depende das decisões internas da legenda. “Independente do partido que me apoie, espero que a vontade do presidente Bolsonaro prevaleça no meu partido. Caso contrário, já é pacífico a minha ida para outro ninho”, declarou, indicando que uma mudança já é considerada inevitável caso o partido não o avalize.

Por fim, o ex-ministro afirmou que não pretende romper de forma conflituosa. “Não vou sair atirando, apenas vou agradecer tudo que fizeram comigo”, encerrou.

A nova sinalização aprofunda a expectativa sobre os rumos de Gilson Machado na disputa ao Senado e escancara mais um capítulo de desgaste interno no PL pernambucano às vésperas da eleição de 2026.