A pesquisa Real Time Big Data/CNN divulgada nesta terça-feira (23) sobre a corrida para as duas vagas do Senado em Pernambuco em 2026 trouxe um quadro equilibrado, mas deixou de fora dois nomes de peso da política estadual: a ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto (PL). As ausências chamaram a atenção pela relevância eleitoral de ambos e pela projeção que conquistaram em disputas recentes.
Gilson Machado utilizou as redes sociais para criticar a exclusão de seu nome do levantamento. O ex-ministro lembrou que foi candidato ao Senado em 2022 e terminou em segundo lugar, atrás apenas de Teresa Leitão (PT). Já Marília Arraes também chegou à segunda colocação na eleição de 2022, quando disputou o Governo de Pernambuco e somou mais de 2 milhões de votos. Ambos, portanto, carregam densidade eleitoral comprovada e presença majoritária recente também na prefeitura do Recife.
Outro ponto criticado é a ausência de um cenário espontâneo, que poderia revelar a lembrança imediata do eleitorado. Em pesquisas anteriores, tanto Marília quanto Gilson apareceram bem posicionados, mostrando capacidade de transferência de votos e competitividade. Ignorar esses nomes e não oferecer ao eleitor a possibilidade de citar livremente seus candidatos levanta questionamentos sobre a representatividade do levantamento divulgado.
Em um estado onde a disputa ao Senado promete ser uma das mais acirradas do país, a exclusão de nomes que recentemente protagonizaram embates majoritários enfraquece a leitura real do cenário político. Mais do que informar, a pesquisa acabou abrindo margem para críticas e desconfianças quanto à sua abrangência e ao reflexo fiel das forças políticas em Pernambuco.
