Há um adágio popular que assevera: “Quem quiser ser bom que morra ou se mude”. O desaparecimento trágico do “político profissional” Eduardo Campos, trouxe à tona a sordidez que impera na “política profissional”.
É possível que uma boa parte da população tenha ido às ruas com sentimento humano / cristão. Mas, como afirmar o mesmo daqueles que respiram “política partidária” dia e noite?
De há muito eu costumo afirmar e ratifico que, as quatro mazelas da política no Brasil são: O Analfabetismo Político; Os Partidos Políticos Com Dono(s); Os Políticos Profissionais e a Maldita Reeleição.
Passada a primeira grande onda de comoção, agora os dividendos políticos começam a aflorar. Dizem que “toda unanimidade é burra”, mas todos, de todos os partidos, se apressaram em elogiar o “falecido” e se dizer seu amigo em vida. Todos querem uma fatia do bolo. E mais ainda aqueles que se dizem seus sucessores naturais.
A mídia foi a grande responsável pelo “culto à personalidade”. Todas as vidas têm o mesmo valor. Por mais que tentaram igualar nas homenagens póstumas as vítimas da tragédia, todos viram que os “demais” seguiram a reboque do mais famoso, como se afirma no Direito: “O acessório acompanha o principal” e os pilotos, coitados, talvez ainda sofram a responsabilidade da “falha humana”.
Agora a exploração será política propriamente dita. Os discursos se afinarão para que tenham a mesma conclusão. Os jornalistas da Rede Globo talvez até se arrependam de terem “apertado” tanto os candidatos presidenciáveis, notadamente, o Eduardo Campos.
As pesquisas já começam a oscilar em seus viés de alta e de baixa. Arranjaram para Marina Silva um vice lá do sul. Vão tentar salvar o PSB pelo menos em Pernambuco, como foi feito com a cidade do Recife, na eleição de 2012. Mas, muita novidade ainda rolará até o fatídico dia 05 de outubro próximo vindouro e, certamente, tudo só se resolverá em 26 do mesmo mês.
Muitas línguas ainda se “queimarão”, quando a apelação começar a tomar conta do processo político eleitoral, no qual vencerá quem tiver melhor poder econômico, melhor lábia de enganação e, quem sabe, melhor utilizar os “canhões” da máquina administrativa.
Hei de concluir, rogando à inteligência do eleitorado, que bem use o seu poder de decisão. É verdade que não temos quadros ideais no nosso escabroso processo político. Os discursos são lindos, os esforços para convencer são apelativos, mas a verdade é que nenhum “político profissional” deveria ser “reeleito” e que nem um “poste plantado”, pelo apadrinhamento, deveria receber a iluminação pública.
Quanto aos Partidos Políticos, paulatinamente, está havendo renovação em suas direções estaduais e nacional, não por vontade dos homens, mas sim, por vontade de Deus.