Opinião – Reeleição e o profissionalismo político – por Severino Melo*

Mário Flávio - 28.08.2014 às 10:24h

Uma pena que a maior parte do eleitorado seja formada por “analfabetos políticos”. Eis porquê, fica muito fácil, os “donos de partido” fazerem escola e tornarem-se “políticos profissionais” e mais ainda, fazerem de suas “crias” os seus sucessores.

Os “postes” vão se plantando por aí afora. Este atual período político está cheio deles. Não se respeita nem a memória dos mortos e fazem por meio deles descarados apelos políticos eleitorais.

Eu não voto para reeleição e nem voto em políticos profissionais. Lamentável é não ter quadros políticos iniciantes à altura, com possibilidades de, realmente, vencer o pleito. Meus candidatos fiquem tranquilos, meu voto é voluntário! Escolho candidato pela qualidade e não pela sua possibilidade de ganhar a eleição.

O processo político é tão profissional que avião é fretado no início da campanha para ser pago só ao final da mesma. Só não dão garantia de que o avião não cai… e as vezes cai mesmo!

Cada ano que passa meu ceticismo aumenta. Tudo é conluio, tudo é complô, o carreirismo político extravasa a política partidária e contamina o que se entende como os poderes da república e seus derivados.

Mas, ficarei feliz se muitos “políticos profissionais” forem derrotados nas urnas. Ficarei ainda mais feliz se o instituto da reeleição não prosperar e presidente da república, senadores, deputados estaduais e federais e governadores não forem reeleitos. E, se depender do meu voto – sei que é apenas um entre tantos – nenhum político profissional conseguirá enrolar por mais quatro anos o povo brasileiro.

É isso aí meu povo! O “cara” chega na televisão e diz que o seu segundo mandato foi melhor do que o primeiro. Pura mentira. Ele sabia que tinha que ceder seus “estimados” palácios de despacho e de moradia para o seu sucessor, ainda que fosse de seu partido, por sinal um “poste” plantado por ele mesmo.

Político que é político “faz sem roubar”. E quem permite a “roubalheira”, no mínimo, é tão ladrão, quanto os seus liderados. Os estelionatos políticos estão por aí e as promessas eleitorais sempre a espera do próximo mandato.

Da forma que “eles” governam, qualquer um tem condição de governar. O povo brasileiro está numa “sinuca de bico”. Uma pena que vença quem vencer o povo estará desprotegido da mesma forma. Inicialmente, três opções que se transformarão em duas e, por fim, mais quatro anos para que a elite dirigente continue a fazer a “socialização pela miséria”, como desde o início dos tempos.

*Severino Melo – smelo2006@gmail.com – fone 99727818 – artesão deste texto – para quem mandato não é emprego e política não é profissão.